Skate, cultura e coração: STU National estreia com brilho nos olhos e nas pistas
Criciúma recebe pela quinta vez consecutiva a etapa da competição de reúne os grandes nomes do skate

Texto: Gregori Flauzino
Foto: Gregori Flauzino
Data: 18/04/2025 Última Atualização: 18/04/2025 21:41
Já Diogo Castelão se disse impressionado com a organização e com a dedicação da gestão municipal em preparar cada detalhe para receber o evento. “Criciúma é a única cidade não capital a receber o STU. E fizemos questão de iniciar o circuito aqui neste ano, devido ao grande sucesso e ao cuidado que a cidade tem com o esporte e a cultura. Eu percebo, cada vez mais, que virou um projeto da cidade”, declarou.
No ar, o som do spray e das latas de tinta se misturava ao rolar das rodinhas e aos comentários eufóricos do locutor oficial. Um grafite recém-iniciado convidava à contemplação. De longe, parecia apenas mais uma manifestação da arte urbana viva naquele instante. Porém, o silêncio concentrado de Rafael Odrus, de Brasília-DF, o único grafiteiro surdo da América Latina, deixava claro que havia algo especial naquele traço. Com um largo sorriso, ele manifestou sua alegria por estar presente e eternizar sua arte em um dos muros da estrutura do evento. “O pessoal ainda tem preconceito, não conhece o grafite, não sabe a importância da cultura do grafite. Estou aqui mostrando minha arte, provando que o grafite não é vandalismo. Esta é a minha missão: expandir futuramente na cidade, ensinar as crianças da periferia, ajudar a salvar vidas, como aconteceu comigo. Aprender sobre arte mudou o meu destino”, disse Odrus.
Nos olhares atentos das crianças participantes do STU Day havia brilho eufórico. Cerca de 50 crianças de dois projetos sociais da cidade receberam a oportunidade de conhecer os bastidores do evento e, no Lounge Família, ficaram bem perto dos seus ídolos. Derek Sotero Flauzino, de 12 anos, estava feliz com os autógrafos que conseguiu. Segurava, contente, o skate e o capacete com as assinaturas eternizadas. “Esta é a segunda vez que venho, e foi a mais especial. Assistir às baterias de perto e conversar com os atletas foi muito legal”, contou Derek.